Quanto Vale Sua Exclusividade?

Esse texto pode ser visto também na Revista Nossa Gente n28.

Texto: Luiz Osvaldo

Fotos: Divulgação

Rolls Royce Phantom

Outro dia fui instalar um som no meu carro, desses simples, que tocam MP3. Para mim é suficiente, já que, hoje em dia, escuto música em volume baixo e de qualidade. Saí da instaladora todo “poser” (termo usado na internet para indicar alguém que faz pose para alguma coisa), feliz por ter instalado um som novo no possante. Mas aí, na metade do caminho para casa, comecei a pensar: “Eu, que sou pobre, fiquei tão entusiasmado com um som novo... Se eu fosse rico, o que me entusiasmaria?”. Fui atrás e escrevi sobre o que é exclusivo para os mega ricos quando o assunto é carros.

A indústria de supercarros movimenta milhões de dólares em todo o mundo e tudo que envolve muito dinheiro é extremamente exigente. O Rolls Royce Phantom (US$ 450 mil), carro oficial da rainha da Inglaterra, tem um dos mais belos e caros acabamentos entre os luxuosos. Para se ter uma idéia, sob o painel de madeira de lei, existe outro painel de madeira misturada com alumínio. Eu, sinceramente, não sei a razão, mas está lá. O carro é tão exclusivo que, no Brasil, a Rolls (grupo BMW) não divulga o preço se você realmente não for comprar. Há uma análise do cliente antes. O couro utilizado nas Ferraris é de uma fazenda exclusiva. Os bancos, depois de montados, são inspecionados e, se houver um furo feito por uma picada de mosquito no boi que foi retirado o couro, eles são totalmente refeitos. A Lamborguini, concorrente direta da Ferrari (e, para mim, muito melhor), oferece um curso exclusivo de pilotagem para novos clientes (somente na Itália).

O luxo impera nos supercarros. O interior do Maybach Landaulet (foto acima) parece muito mais uma sala de estar do que um habitáculo veicular, com direito a três telas LCD com sinal de TV, acesso à internet, leitor de DVD, geladeira, teclado wi-fi e 21 alto-falantes. O valor sai pela bagatela de US$ 1,350 milhão.

Bugatti Veyron Super Sport

Mas, querido leitor, esses brinquedos de gente rica não chegam sequer aos pés, ou pneus, do Bugatti Veyron Super Sport, de “míseros” US$ 2,4 milhões (cerca de R$ 4,3 milhões). Além de ser o mais caro também é o mais rápido - chega a 431 km/h. A exclusividade é tanta que seus pneus chegam a custar cerca de US$ 25 mil cada. Mais caro do que muitos carros populares.

A exclusividade tem seu preço. Um milionário do Kuwait, além de ter comprado um Bugatti Veyron, mandou banhá-lo com ouro 24k, sendo o único no mundo. Isso me lembra de uma história do Mike Tyson, que comprou uma Ferrari F50 para servir de decoração à sua sala de estar.

São essas excentricidades que separam nós, meros mortais, dos mais abastados. Diga, quem nunca pensou que “dinheiro atrai felicidade”? Eu, com a maior do mundo, com o meu sonzinho, é a que eu posso comprar. Até a próxima!