domingo, 18 de março de 2012

Ayrton Senna, Um Brasileiro Campeão.

Este texto pode ser lido também na Revista Nossa Gente n30
Texto: Luiz Osvaldo
Fotos: Internet

A temporada de Fórmula 1 nem começou e o circo já está sendo armado em várias partes do mundo. São apresentações de carros novos, testes de longa duração e vários encontros de dirigentes da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) a fim de discutir regras e soluções para 2012. Esse campeonato mundial, que começou em 13 de maio de 1950, já nos trouxe muitas alegrias aos domingos, mas hoje anda meio parado para os brasileiros. Será a falta de um certo campeão tupiniquim?

Entre os campeões mundiais, estão três brasileiros: Emerson Fittipaldi, com dois campeonatos (1972 e 1974), sendo o primeiro brasileiro a ganhar o mundial, pilotando pela Lotus, McLaren e pela saudosa Copersucar; Nelson Piquet, com três mundiais (1981, 1983 e 1987), pilotando as escuderias Ensign, McLaren, Brabhan, Williams, Lotus e Benetton; e Ayrton Senna, três vezes campeão (1988, 1990 e 1991), pilotando pela Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Os vice-campeões são Felipe Massa (2008) e Rubens Barrichello (2002 e 2004). Mas nenhum deles se destacou tanto quanto Ayrton. Nem Piquet, que foi seu maior rival durante alguns anos, dentro e fora das pistas.



Senna era um atleta dedicado e totalmente concentrado no que fazia. No livro “Senna – Herói Revelado” do jornalista Ernesto Rodrigues, no qual mostra em detalhes a vida que o piloto levava fora e dentro dos autódromos, conta em uma passagem que uma namorada de Ayrton o deixou porque não conseguia disputar sua atenção com os carros, sabia que iria perder. Nos autódromos, em vez de descansar em seu Motor Home, ele estava ao lado dos mecânicos e engenheiros, mexendo e indicando ajustes. Chegou a almoçar várias vezes na oficina, para não ficar distante de seu carro. Uma vez, fez a melhor volta do circuito, ficando com a pole position. O tricampeão chegou ao Box e saiu do carro com uma cara de decepcionado. Um engenheiro chegou e perguntou: O que você tem? Senna respondeu: “Não fui bom, posso fazer melhor”. Ele voltou para pista e baixou o tempo que tinha feito. Naquele dia, acabou batendo o recorde de melhor volta do autódromo. 


São por essas e outras pequenas coisas, as quais a maioria dos brasileiros nem sabem, que transformaram Ayrton da Silva em um grande campeão e considerado, até hoje, um dos maiores pilotos da história do automobilismo. Enquanto Piquet quebrava tudo e xingava jornalistas, Senna saia com a maior calma do mundo para dar entrevistas, mesmo depois de uma fechada que o fazia sair da pista. A raiva dele era contra o piloto, não contra as pessoas que o rodeavam. Era um ser humano incrível. Adorava a companhia da família e amigos, sempre os convidando para reuniões em sua casa na Europa e no Brasil. Chegou a ficar em depressão em um ano, durante as etapas europeias, quando ficava sozinho em sua mansão. Mas quando estava entre amigos, divertia-se e aproveitava, menos na hora de comer. Na mesa, durante um almoço no qual todo mundo conversava, alguém perguntou: “Ayrton, por que você não fala nada?”. Ele respondeu sem levantar a cabeça: “Nós estamos aqui pra falar ou pra comer?”. Esse era o jeito de ser de um certo campeão tupiniquim, com seus defeitos, manias, alegrias e frustrações, que nos deixou muito cedo, além de uma enorme lacuna nos nossos domingos. 


Sempre me pergunto: será que ele estaria correndo até hoje? Por qual escuderia? Ele teria participado de um mundial pela Ferrari? O Schumacher teria esses sete campeonatos?
 E a maior delas: Como seria a disputa de dois Sennas? Bruno, por mais que não concorde, fica com a difícil tarefa, para os brasileiros, de substituir o tio na Fórmula 1.

Ainda é cedo para dizer se, correndo agora por uma equipe de ponta (Williams), Bruno teria chance de ser um novo brasileiro campeão mundial, já que vamos saber, só depois da quarta ou quinta prova, quem tem o melhor carro. Mas uma coisa é certa: Ayrton é insubstituível. A alegria que nos proporcionou vai ser difícil voltar. Algumas pessoas acham que Piquet é melhor, que Schumacher – por ser, várias vezes, titular de um troféu – superou todos.

Mas, para mim e para muitos, Senna era detentor de uma qualidade que o fez chegar ao topo: humildade. Humilde com as pessoas e exigente com seus carros. Tão exigente que, quando estava treinando em um kart no kartódromo de Interlagos, ele ouviu o barulho de um Fórmula 1 e correu para cima do muro do autódromo, onde queria ver o bólido passar. Quando desceu, falou: “Nunca vou correr com um desses, são muito lentos”.



terça-feira, 13 de março de 2012

Carros: Uma Paixão!

Este texto pode ser lido também na revista Nossa Gente n29
Texto: Luiz Osvaldo
Imagens: Internet
 Antes de você começar a ler esta matéria, vá até a sua garagem, toque no seu carro, sinta o cheiro do interior. Ao tocar nele, sentiu o aço querendo falar? E, ao cheirá-lo, gostou do cheiro de plástico? Não? Então você está naquela porcentagem de brasileiros que usam o carro apenas como meio de transporte. Esse objeto que você tocou, para muitos brasileiros, torna-se parte da família, relíquia e parte integrante de momentos felizes. Mas o que leva o ser humano a ter uma paixão tão grande por um monte de aço e parafusos apertados?

Vamos separar os sentimentos automobilísticos pelos lados masculino e feminino. Para o homem, o desejo de ter um carro se junta ao da virilidade. Temos a necessidade de ter um carro porque nos faz bem. E quanto maior for o motor e a velocidade, melhor. Quando vamos comprar um carro, logo perguntamos ao vendedor qual é o motor, se é potente... E quando chega o final de semana, então, a primeira tarefa do sábado é lavar o carro e passar aquela cera. Qualquer barulhinho e já estamos no médi... Opa, mecânico. Cuidamos melhor do carro do que da namorada. 




Para alguns, o carro se transforma em necessidade fisiológica. Existe homem que chega a ficar doente por estar sem carro. É verdade, cheguei a conhecer um. Aqui em Macapá, sempre escuto histórias de homens que deixaram de frequentar lugares porque estavam sem carro. Ficam envergonhados e acabam caindo em depressão. Vira obsessão. Um verdadeiro casamento! Tenho um amigo, morador de São Paulo, que gastou R$ 150 mil em um carro e mais R$ 50 mil só em acessórios. Cheguei a indagar se a mulher dele sabia disso e ele, na hora, respondeu: "Claro que não!! Tá doido?!".

 E falando em mulher...

O mundo feminino está, aos poucos, juntando-se  ao mundo dos carros. O sentimento que as mulheres têm por um carro vai mais pelo lado estético e pelo custo-benefício. Você nunca vai ver uma mulher andando de Opala ou um Fusca restaurado. De acordo com o meio feminino, isso é sinônimo de gastar dinheiro com coisa a qual não vale a pena. Diferente de muitos homens, que gastam rios de dinheiro em uma restauração. Segundo elas, quando chega o momento de vender o veículo é muito mais fácil, já que o mesmo é um instrumento como outro qualquer e, para muitas, saiu de moda. 




Mas o automóvel também tem um significado muito importante a uma mulher: independência. Elas veem no carro um símbolo do “eu posso”, seja no sentido de dominar uma máquina complicada, seja no sentindo financeiro. O carro vira sinônimo de “eu estou indo bem, não preciso de você”. E, com esses pensamentos, a mulherada chega a cuidar tão bem do carro como se fosse extensão de sua casa - ou até como um filho. A turismóloga Dannyelle Queiroz chama seu Palio pelo apelido carinhoso de “Bebela”, e diz que a trata como filha, e é verdade, está sempre limpa e reluzente.




Para muitas pessoas, aquele carro na garagem, que espera ser ligado, possui um significado muito especial. Ele traz lembranças boas de um tempo passado ou de um acontecimento que nunca vai ser esquecido. Você quer um exemplo? Quando seu filho nasceu, com qual carro você estava a caminho do hospital, ou qual o trouxe para casa? Você mulher: qual o carro que a levou para a igreja no seu casamento? Lembra do seu primeiro carro? E do carro que você fez sua primeira viagem? O automóvel sempre está associado a algum momento na sua vida, mesmo que você não lembre dele. Aquele momento feliz com sua família na praia... Nas fotos ele não aparece, mas estava lá,  estacionado, esperando por você.




Este humilde blogueiro que vos escreve é um exemplo de pessoa apaixonada por carros. Não sei de onde veio tanta paixão. Talvez das férias que passava todo ano em Porto Alegre quando criança... Eu fazia questão que meu pai me levasse ao Autódromo Tarumã para ver as disputas de Opalas e Passats. Ou talvez seja das muitas revistas (cerca de 1.500), livros, vídeos e informações lidas sobre o assunto desde meus 10 anos (hoje tenho 30). 

Mas uma coisa eu aprendi nesses tantos anos que estou neste mundo: se você cuida bem de seu carro, ele vai cuidar bem de você. 

Além do mais, a paixão tem de ser recíproca, caso contrário, não vale a pena. 

Até a próxima!


sexta-feira, 9 de março de 2012

Blog trolando

Não foi possível ainda atualizar o blog, não estou conseguindo postar fotos, assim que possível estarei atualizando. Espero a compreensão de todos. Obrigado
Luiz.